quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mitos e verdades sobre a castração


A castração é um assunto bastante discutido atualmente por todos aqueles que convivem com cães.

E, no que se refere a este tema, amplos debates já foram travados, estudos realizados e já não restam mais dúvidas de que promover a castração de animais de estimação é a medida mais eficaz para evitar abandono e maus-tratos a cães e gatos, pois evita-se o nascimento de inúmeros filhotes quem em grande parte das vezes, acabam não encontrando um lar... O número de descendentes que uma única fêmea pode gerar é impressionante:



Mas, mesmo assim, falar sobre castração ainda traz a tona alguns mitos que precisam ser desfeitos:

- o cão castrado sofre por não poder mais acasalar: a cirurgia de castração extrai ovários, tubas uterinas e útero nas fêmeas, e testículos nos machos. O cão não sente qualquer pesar após a cirurgia; ele/ela simplesmente não tem consciência do que aconteceu. Muito pelo contrário: como não mais estarão sujeitos aos efeitos dos hormônios circulantes, os cães passam a viver com mais tranquilidade, sem o inconveniente de estarem expostos aos instintos de procriação decorrentes dos hormônios;

- a cadela precisa ter uma cria antes de ser castrada: não! Não existe qualquer embasamento para esta "teoria"! A gravidez e o parto podem ser muito difíceis e pessoas inexperientes geralmente não sabem o que fazer. Além disso, quem criará os filhotes? Na teoria, todos querem um lindo filhote daquele cão tão doce! Mas, na hora de efetivamente colocar esta ideia em prática, a coisa muda de figura... E, em relação à cachorra, não faz a menor diferença, em termos comportamentais, o fato dela já ter tido filhotes ou não!

- o cão castrado engorda: não se pode culpar a castração pela obesidade dos cães! Na verdade, com a supressão dos hormônios, algumas atividades antes comuns, como buscar parceiros, marcar locais com urina e enfrentar possíveis “rivais”, não mais se fazem necessárias. Assim, cabe ao dono proporcionar ao cão outras atividades, para que este possa manter o mesmo ritmo de vida, sem também descuidar da alimentação;

- a cirurgia é arriscada: médicos veterinários responsáveis realizam exames pré-operatórios nos cães e prezam pelos cuidados com anestesia e analgesia. Trata-se de uma cirurgia simples onde, em geral, os peludos voltam à ativa em poucos dias;

- o cão deve cruzar ao menos uma vez antes de ser castrado: já está cientificamente comprovado que não existe qualquer relação entre o ato sexual e a boa saúde ou amadurecimento do cão. Na verdade, esperar pelo amadurecimento sexual pode, inclusive, trazer malefícios na relação dono-cão: o macho, ao aprender a marcar locais com urina levantando a perna, pode nunca mais perder este hábito adquirido, mesmo depois de castrado.

- o cão castrado fica letárgico: não existe qualquer relação entre castração e letargia. Na verdade, se o cão engordar por falta de atividades, acabará ficando mais preguiçoso, pois tudo se tornará mais difícil. Além disso, os cães deixam de ser tão ativos à medida que envelhecem, mas as pessoas costumam associar este evento com a castração.  

Finalmente, nunca é demais ressaltar os benefícios já efetivamente comprovados da castração:

- a castração realizada antes do completo amadurecimento sexual previne câncer de mama e de útero nas fêmeas, que ficam praticamente livres da chance de desenvolver essas doenças graves na velhice;

- a castração ajuda a evitar fugas, especialmente dos machos, que podem sentir o odor de uma fêmea no cio há dois quilômetros de distância;

- cadelas castradas não passam pelo inconveniente da gravidez psicológica (pseudociese), condição relativamente comum que as faz produzir leite e muitas vezes apresentar dor nas mamas neste período. Além disso, não serão acometidas por infecção no útero (piometra), condição muito comum na velhice e que pode levar a óbito rapidamente.

Assim, quando o assunto é castração, é muito importante deixar de lado falsas crenças muitas vezes difundidas por gerações e prezar, sim, pelo bem estar dos peludos! 

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8 comentários:

  1. Olá! Meu bebezinho está com sete meses, vai fazer oito no dia sete, mora em ap, na rua ele faz xixi com a perninha erguida, mas em casa só agachadinho... Todos dizem que é melhor castrá-lo, mas não vejo problema algum em mantê-lo assim... Estou errada?

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  2. Olá! Conheço cães machos que não são castrados e aprenderam a fazer xixi em casa só no jornal ou tapete higiênico. Mas o seu filhote é muito novo ainda para que você tenha esta certeza e, na fase adulta, pode começar a marcar com urina. E este comportamento, que já está sendo assimilado agora (pois ele levanta a patinha), pode lhe trazer inconvenientes e ser difícil de modificar, mesmo com a castração... Além disso, acho que você poderia considerar outros benefícios da castração, inclusive evitar alguns tipos de câncer na fase adulto. Um abraço!

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  3. Olá!!!
    Passando para desejar um aubençoado fim de semana e para dizer que, apesar de um pouco ausente, AUMAMOS seu blog.
    Lambeijos da Brenda e abração da mamis Sandra.

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  4. Que delícia de comentário, Brenda e Sandra! Obrigada e ótimo fim de semana para vcs também! Beijos!

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  5. Cássia, mto legal seu post, concordo com tudo, mas sempre gosto de lembrar os proprietários para controlar bem a alimentação depois da castração, continuar com atividade física do cão, pois geralmente eles engordam um pouco , e o dono fica frustrado depois , então para q o cão continue esbelto e saudável reforço bastante isso e fica td certo !

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  6. Oi, Fran! Concordo com você, obrigada por enriquecer o assunto com sua opinião!

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